domingo, 8 de novembro de 2009

LAB #5 - 4 de Novembro de 2009

“O facto do vídeo funcionar num circuito fechado entre câmara e monitor vídeo, permitindo uma instantaneidade da imagem, está desde logo a colocar questões semelhantes às que o espelho coloca. Se frente ao espelho se processam mecanismos de confronto do Eu (Lacan, 1999/1966), teremos em aberto essa possibilidade com o vídeo. Esta questão coloca-se em relação ao vídeo não só por trazer a possibilidade de se proceder à gravação e transmissão das imagens no mesmo instante, mas também porque a história do vídeo é também uma história do corpo: muitas das obras dos artistas produzidas nesta altura usam o próprio corpo como instrumento de trabalho, colocando mais uma vez a natureza do vídeo muito próxima da natureza do espelho.”

Cristina Mateus in “A imagem vídeo como um espelho”, e-zine VECTOR, Julho 2005.









Neste laboratório, o trabalho centrou-se na ideia de auto-representação. Tomando como ponto de partida, o enquadramento do trabalho de alguns artistas, que durante as décadas de 60 e 70 introduziram o corpo como problemática e como matéria das suas obras videográficas, cada aluno registou duas imagens distintas: uma que consistia numa imagem-espelho (um auto-retrato em que o corpo fosse um elemento preponderante) e outra numa imagem que espelhasse (um auto–retrato subjectivo).

Notas:
O texto fornecido na aula, da autoria de Rosalind Krauss, "Video: the aesthetics of narcissism", foi publicado originalmente na revista October nº1, em 1976.

Artistas a consultar como complemento à investigação desenvolvida no laboratório:
Joan Jonas
vídeos: vectorvideosjonas/
entrevista: www.virose.pt/vectorjonas.html /
Vito Acconci www.newmedia-art/
Marina Abromovic www.newmedia-art.org/
Bruce Nauman www.vdb.org/

Maria Mire - mariamire@sapo.pt

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